O corte de ipês na Praça Achilles D’Agnoluzzo, em Capinzal, no Meio-Oeste catarinense, causou indignação entre os moradores e impactou a fauna local. Logo após a remoção das árvores, uma revoada de andorinhas tomou conta do céu, evidenciando a perda de seu habitat natural.
Veja o vídeo:
HC Notícias (@hc_noticias) • Fotos e vídeos do Instagram
A poda ocorreu em meio a uma intensa onda de calor, o que intensificou o descontentamento da população. Além de afetar as aves, os moradores também perderam a sombra que as árvores proporcionavam. "As árvores ajudavam a amenizar o calor e protegiam trabalhadores que aguardavam o ônibus", relatou um morador. Outro manifestou sua insatisfação afirmando que "árvores saudáveis não representam perigo, mas sim vida, sombra e beleza."
O ornitólogo Guilherme Brito, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explicou que as andorinhas utilizavam a praça como dormitório e, com a remoção das árvores, ficaram temporariamente desorientadas. "Essas aves costumam se agrupar em locais de descanso, e a poda alterou essa dinâmica. No entanto, elas buscarão novas áreas para pouso", esclareceu o especialista.
Em nota, a Prefeitura de Capinzal justificou que a poda atendeu a um pedido de moradores e comerciantes, como parte de um planejamento para reduzir os impactos da grande concentração de andorinhas no local. O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) reforçou que a poda pode ser necessária para a segurança urbana, mas alertou que cortes excessivos podem comprometer a vitalidade das árvores. A Coordenadoria Regional de Meio Ambiente do IMA em Joaçaba investiga possíveis irregularidades na ação.