Milton Gomes, motorista da Saúde em Capivari de Baixo, trabalha há quatro anos transportando pacientes para atendimentos hospitalares e, especialmente, para hemodiálise. Ao longo desse tempo, ele conquistou a admiração e o carinho dos pacientes com sua dedicação e pontualidade.
Milton descreve seu trabalho como uma missão de cuidado e empatia, tratando os pacientes com carinho e atenção. Para ele, cada viagem vai além do transporte; é uma oportunidade de dar apoio emocional, de compartilhar uma conversa e de incentivar quem está passando por momentos difíceis.
“A diferença que eu vejo é no meu tratamento com os pacientes. A gente precisa ter todo o cuidado, todo o carinho, né? Eles já chegam debilitados, então é essencial conversar, dar atenção. Muitos até me dizem que estão desanimados, e eu sempre incentivo: 'Não desanima, vamos em frente, a bola para frente.’”, conta Milton. Ele explica que seu objetivo é fazer a diferença na vida de cada paciente, motivando-os a enfrentar suas dificuldades com otimismo.
Para muitos dos pacientes que dependem de seu serviço, Milton é mais do que um motorista. Seu Manoel, um de seus pacientes, conta que hoje eles são amigos. "Conheci o Milton nos piores momentos da minha vida, quando perdi meu rim e precisei começar a hemodiálise. Ele é uma pessoa maravilhosa, muito prestativa, sempre animando os pacientes. Ele não deixa ninguém desanimar, está sempre falando sobre ter fé e esperança, e nos passa muita tranquilidade. É uma pessoa iluminada, excelente. E não era só comigo, ele trata todos com muita educação e cuidado. Se eu tivesse que dar uma nota para ele, seria nota 10. Pela bondade dele, nos tornamos amigos, e hoje, mesmo depois do meu transplante, somos próximos. Sou muito grato a ele”, relembra.
Dona Arlete, uma paciente de hemodiálise há sete anos, fala com carinho sobre o motorista. “Ele é muito bom, uma pessoa muito boa. Ele pega a gente no portão, deixa a gente no portão lá na hemodiálise. É muito gentil, muito bom. Nunca vi um como ele. Estou há sete anos na hemodiálise e nunca vi um motorista tão atencioso como ele”, conta.
Outro depoimento que reforça a dedicação de Milton vem de dona Eliane, que destaca a pontualidade e a consideração que ele demonstra com cada paciente. “Desde que conhecemos ele, sempre foi um ótimo motorista, nunca atrasou. Ele está lá esperando a gente no horário certinho. Nunca se atrasou. Ele é pontual e muito atencioso. Todo mundo gosta dele, não sou só eu”, afirma.
Para Milton, o período mais difícil no trabalho foi durante a pandemia. Ele relembra os momentos de dor e de grande responsabilidade ao transportar pacientes infectados com Covid-19 para hospitais e transferências de emergência.
“Vimos muita coisa triste, muita gente morrendo. Era um trabalho intenso, com muita dor. Às vezes, transportávamos três ou quatro pacientes de manhã e mais três ou quatro à tarde. Aquela época marcou muito a minha vida, perdi muitos pacientes. Alguns se recuperaram, mas muitos faleceram. Isso me marcou profundamente”, relembra.