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18/09/2024 08h47

Arqueólogos descobrem 'restos de crianças vampiras' decapitadas na Polônia

A descoberta dos chamados 'restos de crianças vampiras' revela antigas práticas funerárias que, hoje, podem parecer incomuns. Práticas de combate a vampiros eram comuns na Europa medieval
Arqueólogos descobrem 'restos de crianças vampiras' decapitadas na Polônia

Uma descoberta arqueológica recente na Polônia revelou os “restos de crianças vampiras” decapitadas, o que sugere que práticas antigas de combate a vampiros eram comuns na Europa medieval.
 

A escavação, liderada por Stanisław Gołub do Conservador de Monumentos da Voivodia de Lublin, ocorreu no Palácio dos Bispos Uniatistas em Chelm, na Polônia.

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Conforme o Gołub, os ossos encontrados, com fragmentos de cerâmica, datam do século XIII, uma época em que se tomavam medidas extremas para evitar que os mortos se reanimassem.
 

Entre as práticas identificadas estão a decapitação dos corpos e o sepultamento de bruços, cobertos com pedras sobre o torso, métodos utilizados para prevenir o retorno dos mortos.
 

“Enterrar com o rosto voltado para baixo, cortar a cabeça ou pressionar o corpo com uma pedra são métodos comuns para evitar que uma pessoa considerada demoníaca saia do túmulo”, explicou Gołub.

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O que os ‘restos de crianças vampiras’ tem em comum com práticas funerárias
 

Os “restos de crianças vampiras” foram encontrados enquanto trabalhadores removiam raízes para um projeto de renovação. A falta de caixões e ornamentos funerários, bem como a localização afastada do cemitério, sugere que estes sepultamentos eram não documentados e talvez secretos.
 

O suposto “Drácula bebê” foi enterrado em solo de gesso e orientado de leste a oeste, práticas comuns da época. Buracos para postes encontrados no local indicam que havia vigilância para detectar possíveis sinais de ressurreição vampírica.

 

Contexto histórico e implicações

 

Essas descobertas reforçam a ideia de que a superstição e o medo de entidades sobrenaturais eram prevalentes na Europa medieval, especialmente na Europa Oriental, onde lendas de vampiros e mortos-vivos eram comuns.
 

Assim como nos julgamentos das bruxas de Salem no século 17, doenças e aflições eram frequentemente atribuídas a influências sobrenaturais, muitas vezes resultando em práticas funerárias extremas.
 

Os pesquisadores continuam analisando os restos para entender melhor as práticas de sepultamento e as crenças da época. Esta descoberta lança uma nova luz sobre como os antigos europeus lidavam com o medo do sobrenatural e suas práticas de proteção contra o que consideravam ameaças demoníacas.

 

 Foto: Lubelski Wojewódzki K/Divulgação/HC.

 


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