"Meu pai contava, com muito orgulho, que foi levar minha mãe em meio à água e lodo. Nesses aniversários, era lembrado também sobre a moça na maternidade que perdeu seu bebê pela falta de oxigênio. Essa história sempre me encorajou. 'Você é uma vencedora'', me diziam.
Para Adriana, a enchente de 1974 é um fato que mudou todo o decorrer da sua vida. "Fez com que eu crescesse com coragem. Sou impulsionada pelo fato de ter nascido em uma época de luta, pois me considero corajosa, guerreira e audaciosa", acrescenta.
Mas há uma história curiosa e até engraçada que ronda o seu registro após o nascimento. "Minha avó paterna falou: 'Por que não colocamos o nome dela de Enchentina?". Mas Adriana prefere pensar que foi uma brincadeira. "Já pensou ser chamada de Enchentina?".
Mas tirando esse trauma, Adriana consegue ter uma perspectiva positiva para o futuro de Tubarão. "Desejo para os próximos anos um município mais que azul, límpido e claro, pois nossas gerações atuais precisam desse respiro e sossego", conclui.