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19/02/2025 20h59

Ameaça silenciosa: numero de escorpiões aumentam na região de Tubarão e espécie perigosa está se espalhando

Aumento das temperaturas favorece a proliferação, e espécie invasora pode representar risco maior
Ameaça silenciosa: numero de escorpiões aumentam na região de Tubarão e espécie perigosa está se espalhando

A presença de escorpiões tem se tornado uma preocupação crescente na região de Tubarão e AMUREL, especialmente com o aumento das temperaturas e da umidade. Especialistas alertam para o risco de proliferação desses aracnídeos, incluindo espécies invasoras que possuem veneno com maior potencial de perigo para os humanos.

De acordo com o sargento do Corpo de Bombeiros de São Ludgero, Dirceu Medéa Neto, a região abriga principalmente escorpiões do gênero Bothriurus, conhecidos popularmente como escorpião-preto. "Esses são os nossos escorpiões nativos, que possuem um telson liso e não representam importância médica, ou seja, suas picadas não exigem soroterapia", explica. No entanto, ele faz um alerta para a presença do escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), uma espécie invasora vinda do Nordeste que já foi identificada na região. "Essa espécie já foi encontrada em cidades como Jaguaruna e pode se espalhar rapidamente, pois se reproduz por partenogênese, ou seja, sem necessidade de machos, aumentando sua população de forma acelerada. Isso representa um risco, pois seu veneno é altamente tóxico e pode ser letal para crianças e idosos", enfatiza o sargento.

 

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Dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), revelam que entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro de 2025, foram registrados 82 acidentes com escorpiões no estado. Segundo a bióloga Taciana Seemann, do CIATox/SC, o escorpião-marrom (Tityus bahiensis) foi responsável por sete casos, enquanto o escorpião-amarelo esteve envolvido em cinco registros. "O escorpião-amarelo tem se proliferado devido à sua capacidade de se adaptar a ambientes urbanos, como redes de esgoto e locais com grande presença de baratas, seu principal alimento", explica Taciana. Embora não tenham sido registrados óbitos em Santa Catarina nos últimos anos, a presença dessa espécie requer atenção redobrada.

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Para evitar a proliferação dos escorpiões, é essencial manter a higiene dos terrenos, eliminando entulhos e lixo, que atraem insetos como baratas, principal fonte de alimento dos aracnídeos. "O controle biológico também é importante. Animais como gambás e sapos são predadores naturais dos escorpiões", destaca Medéa Neto. Caso um escorpião seja encontrado, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo telefone 193, ou os órgãos municipais de controle de zoonoses e vigilância sanitária. Em caso de picada, a recomendação é procurar atendimento médico imediato, principalmente para crianças e idosos, que estão no grupo de risco para reações graves ao veneno.


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