O Tribunal do Júri da comarca de Criciúma condenou, após mais de nove horas de julgamento, um ex-funcionário de um posto de combustíveis pelo assassinato da gerente do estabelecimento, ocorrido em agosto de 2022. O crime foi motivado por uma advertência trabalhista aplicada pela vítima. O réu, de 35 anos, foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado, recebendo pena de 24 anos de reclusão em regime fechado.
No dia do crime, após ser advertido e suspenso do trabalho, o homem deixou o posto, mas retornou cerca de 50 minutos depois, armado com uma faca de caça serrilhada. Ele atacou a gerente pelas costas enquanto ela atendia um cliente, desferindo cinco golpes na cabeça da vítima. A mulher permaneceu internada por 22 dias, mas não resistiu aos ferimentos. O crime foi qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
A promotora de Justiça Greice Chiamulera Cristianetti destacou a brutalidade do caso e a importância da condenação. “Hoje, a sociedade de Criciúma deu uma resposta a um crime tão brutal, acolhendo todas as teses do Ministério Público. Infelizmente, a vítima não pôde se defender no dia do crime, mas sua memória foi defendida no tribunal”, afirmou. O réu, que já estava preso preventivamente, não poderá recorrer em liberdade.