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Segurança
18/12/2024 22h15

Investigação desvenda esquema de tráfico internacional de mulheres no litoral de SC

Em SC, a operação atuou em Barra Velha, no litoral Norte do Estado.
Investigação desvenda esquema de tráfico internacional de mulheres no litoral de SC

Uma operação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema de tráfico internacional de mulheres, nesta quarta-feira (18). Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Em SC, a operação atuou em Barra Velha, no litoral Norte do Estado.

 

Conforme informações da PF, os suspeitos tinham como objetivo a exploração sexual das mulheres. A investigação teve início a partir da denúncia da mãe de uma das vítimas, em São José dos Campos (SP). A mulher era candidata ao trabalho oferecido por uma falsa agência de modelos, do Rio de Janeiro, que selecionava garotas jovens com um perfil específico, com aparência jovem, e prometia vagas de trabalho como modelo no exterior.

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Como funcionava o esquema de tráfico

 

Ainda segundo a PF, as vítimas tinham o passaporte retido pelas aliciadoras e eram levadas para Dubai, onde permaneciam até que houvesse uma nova seleção. As aprovadas seguiam para a Arábia Saudita e também para países europeus, asiáticos e Estados Unidos, onde permaneciam por até 180 dias.

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Nos países estrangeiros, as vítimas não tinham liberdade e todo movimento era monitorado. A PF afirmou que as garotas eram incentivadas a postar nas redes sociais as imagens da vida de luxo em que estavam, porém, omitindo a exploração sexual a que eram submetidas, com objetivo de aliciar novas vítimas para o esquema criminoso.

 

Também, a investigação revelou que o contrato feito entre a falsa agência e as garotas continham cláusulas abusivas, como a previsão de multas milionárias e a exigência de exame de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

 

As investigações identificaram 10 vítimas. Uma delas foi ameaçada e sofreu agressão física para repassar as comissões pelas atividades sexuais, que chegavam a 60% do valor total. O esquema da falsa agência de modelos girava em torno de dezenas de mulheres enviadas todos os meses. Os financiadores faziam os depósitos em criptomoedas para dificultar serem identificados.

 

A polícia descobriu que a suposta agência de modelos não existia e que as agenciadoras já atuavam com a exploração sexual em território nacional. Ainda, a PF interceptou o envio da filha da pessoa que denunciou o esquema criminoso.

 

Na operação, além dos mandados de busca e apreensão, houve apreensão de passaportes, proibição de novas emissões de documentos de viagem e bens apreendidos. A PF também proibiu judicialmente os investigados de se comunicarem entre si e acessarem as redes sociais.


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