Um júri popular condenou a mãe e o padrasto de Isabelly de Freitas, de apenas três anos, pela morte brutal da menina em Indaial, no Vale do Itajaí. Após 17 horas de julgamento, encerrado na madrugada desta quarta-feira (4), o padrasto foi sentenciado a 41 anos e nove meses de prisão, enquanto a mãe recebeu pena de 36 anos e 11 meses.
O crime ocorreu em março de 2024, quando Isabelly foi espancada após se recusar a comer. Segundo a investigação, o casal tentou ocultar o homicídio, colocando o corpo da criança em uma mala e enterrando-o em um terreno. Em seguida, registraram um falso desaparecimento, alegando que a menina havia sido sequestrada.
As penas foram agravadas pelos fatores de motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e o grau de parentesco com os réus, conforme prevê a Lei Henry Borel. Além disso, o casal foi condenado por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
Parentes da criança acompanharam o julgamento vestindo camisetas com sua foto, pedindo por justiça. “Hoje, finalmente, essa vítima vai poder descansar em paz”, declarou o promotor Thiago Madoenho Bernardes da Silva. Isabelly era descrita como uma criança meiga e carinhosa.