O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por ampla maioria, manter a prisão do ex-jogador Robinho. Dos 11 ministros, nove votaram a favor de que ele continue cumprindo pena por estupro coletivo, cometido em 2013 contra uma mulher albanesa em Milão. Robinho está preso desde março deste ano na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo.
A condenação, inicialmente aplicada pela Justiça italiana em 2017, foi homologada no Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-atleta cumpre uma sentença de nove anos de reclusão em regime fechado, conforme determinado pelo STJ e agora referendado pelo STF.
Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes foram os únicos a votar pela soltura de Robinho. A ministra Cármen Lúcia, que se posicionou pela manutenção da prisão, destacou em seu voto que “a impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo”.
Robinho foi preso após a decisão que reconheceu a gravidade dos crimes. Na época do delito, ele e outros homens abusaram da vítima em uma boate. O caso gerou ampla repercussão internacional e culminou na transferência do cumprimento da pena para o Brasil, em respeito ao tratado de cooperação jurídica entre os países.
A decisão reforça o compromisso do STF em combater a impunidade e garantir que crimes graves, como o estupro coletivo, sejam devidamente punidos.