Em São Lourenço do Oeste, no Oeste de Santa Catarina, um homem de 45 anos e seu filho, de 25, foram presos suspeitos de manter três jovens em cárcere privado em uma casa de prostituição. A Polícia Civil relatou que as vítimas, com idades de 20, 23 e 24 anos, teriam sido impedidas de deixar o local sem supervisão, além de serem obrigadas a realizar programas sexuais.
A operação, realizada na noite de sábado (26), foi desencadeada após colaboração entre as polícias civis de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Segundo o delegado Régis Stang, as mulheres chegaram ao local com a promessa de que poderiam trabalhar e receber pelos serviços prestados. Contudo, ao tentarem sair, foram informadas de uma multa que impedia a saída sem pagamento. Além disso, os valores de alguns atendimentos foram retidos pelos responsáveis.
A denúncia foi realizada após uma das jovens pedir ajuda a um familiar no Rio Grande do Sul, alegando ter sido ameaçada de agressão caso tentasse fugir ou deixasse de atender os clientes. Com a chegada das autoridades, pai e filho foram presos em flagrante pelos crimes de exploração sexual e cárcere privado. O caso foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), que prosseguirá com as investigações.
As jovens também relataram que eram obrigadas a dormir em condições insalubres, no mesmo espaço onde atendiam os clientes, aumentando as denúncias de violação dos direitos básicos. Após serem levados à delegacia, os suspeitos foram soltos no domingo (27) por decisão judicial, mas seguem sendo investigados.