Uma operação da Polícia Civil teve como alvo a Prefeitura de Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, na manhã desta terça-feira (10). Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na cidade, além de endereços em Nova Veneza e Criciúma.
Segundo a Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR/DEIC), a operação “Cyperus” busca apurar a prática dos delitos de associação criminosa, falsidade ideológica e fraude em licitação. O processo investigado é o Pregão Presencial nº 18/PMF/2021, da Prefeitura de Forquilhinha.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os alvos da operação seriam endereços de empresários, funcionários, “laranjas”, empresas e a própria prefeitura. Durante as diligências, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos. Esses materiais serão analisados para esclarecer o caso e identificar eventual participação de outros envolvidos.
Conforme apurado pela polícia, o pregão eletrônico destinava-se à “contratação de empresa especializada para corte de grama, poda de árvores e limpeza dos inços dos pisos dos pátios e jardins e manutenção das pinturas dos muros interna e externamente (alvenaria, grades e telas) e meios fios das praças públicas, centros comunitários, ruas, rodovias, prédios públicos (exceto educação e saúde) para o exercício de 2021”.
A investigação apontou que a vencedora da licitação não possuía sede, dessa forma, seria uma empresa de fachada. Outros elementos indicam que os serviços não foram realizados adequadamente.
Além disso, seria constituída por um “laranja” para, supostamente, ocultar o verdadeiro sócio que, à época, era servidor da prefeitura. A Polícia Civil também investiga se esse funcionário era sócio oculto de outras empresas em nome de familiares que também tinham contratos com o município.
A investigação aponta, ainda, que outras empresas atuaram para favorecer a vencedora do processo licitatório. Uma delas, inclusive, teria sido criada especificamente para participar do pregão investigado e nunca concorreu a outro certame.