As operações da Operação Mensageiro avançaram para novos territórios, agora direcionando seus esforços para duas cidades adicionais em Santa Catarina. Esta quinta fase, que ocorreu nesta segunda-feira (29), concentra-se em desvendar um esquema envolvendo fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, especificamente nas áreas de coleta e destinação de lixo, abastecimento de água e iluminação pública.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) coordenaram a execução de quatro mandados de prisão preventiva e dezenove de busca e apreensão, abrangendo duas localidades do Estado.
Essas medidas foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) a pedido da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos. As ações foram direcionadas a agentes públicos, entidades privadas e órgãos governamentais, com uma das ordens sendo executada em São Paulo.
Entre os indivíduos sob investigação nesta nova fase, destaca-se o deputado estadual Emerson Stein (MDB), ex-prefeito de Porto Belo, no Litoral Norte, juntamente com o prefeito Clezio Fortunato (MDB) e o vice-prefeito Jaime Antônio de Souza (PL) de São João do Itaperiú.
As administrações municipais de São João do Itaperiú e Porto Belo emitiram comunicados em resposta às ações do GAECO. Ambas afirmam disposição em colaborar com as investigações, enquanto os envolvidos se mantêm confiantes na resolução dos casos e na prestação de cooperação às autoridades competentes.
As atividades desta segunda-feira sucedem mais de um ano de investigações, incluindo análise de evidências, depoimentos de testemunhas e suspeitos, revelando a possível ocorrência de novos delitos. Desta vez, o foco recai sobre os serviços de abastecimento de água e iluminação pública em duas municipalidades catarinenses.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ofereceu apoio durante o cumprimento das ordens judiciais, enquanto as investigações continuam sob sigilo por decisão judicial.