Dois guardas municipais de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, são suspeitos de torturar um homem com deficiência e abandoná-lo desacordado às margens de uma rodovia. O crime aconteceu em 26 de janeiro e, na segunda-feira (22), os investigados foram alvo de três mandados de busca e apreensão.
O caso está em sigilo e o nome dos guardas não foram divulgados. Além dos mandados, foi expedida uma medida cautelar para que eles não se aproximem da vítima ou de testemunhas. Um pedido de prisão dos suspeitos foi feito pela polícia, mas negado pelo Poder Judiciário.
'Severamente torturado', diz polícia
No dia do crime, a vítima foi abordada pelos suspeitos perto da Marginal Oeste, em Balneário Camboriú. De acordo com o delegado Vicente Soares, homem tem dificuldades em falar e estava de bicicleta, se abrigando da chuva que caia na cidade quando a viatura parou e o abordou.
A vítima foi colocada dentro da viatura, onde foi "severamente agredida", segundo informou a Polícia Civil. Depois do crime, foi abandonado às margens da BR-101, já em Itajaí, na cidade vizinha, onde foi socorrido por uma equipe de resgate da concessionária da rodovia federal.
Ainda de acordo com Vicente, o homem mora com a família na cidade e tinha o costume de andar de bicicleta na região. Após ser atendido às margens da rodovia, ele foi levado a uma unidade de saúde e recebeu alta no mesmo dia do crime.
Procurada, a Guarda Municipal da cidade afirmou que guardas investigados "foram afastados e um processo administrativo foi aberto na época". O procedimento segue em curso respeitando os prazos legais.
Os mandados de busca foram cumpridos nos endereços dos suspeitos e em seus armários na base da Guarda Municipal de Balneário Camboriú, na segunda-feira. O caso só foi divulgado nesta terça (23).
Em comunicado nesta manhã, a Polícia Civil informou à imprensa que a investigação agora entra na fase final com análise do material apreendido e encaminhamento do inquérito policial ao Poder Judiciário e Ministério Público.
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