Segundo o relato do ministro Alexandro de Moraes, relator da ação, Dirce foi detida pela Polícia Militar do Distrito Federal dentro do Palácio do Planalto, sede do poder executivo federal. A rio-sulense ficou detida na penitenciária feminina em Brasília até o dia 1º de setembro de 2023, quando foi solta para acompanhar o julgamento em liberdade.
O julgamento teve início no dia 15 de dezembro de 2023 com a apresentação do relatório e do voto do ministro Alexandre de Moraes, relator das ações. O ministro acatou a denúncia da PGR e votou pela condenação da ré pelos crimes citados. Alexandre de Moraes votou para aplicar pena total de 17 anos, sendo 15 anos e 6 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, e ainda o pagamento de 100 dias-multa. Cada dia-multa, fixado no valor de um terço do salário mínimo.
Ainda segundo o relato do ministro Alexandre de Moraes, a ré teria se filmado e fotografado durante os atos e os registros foram encontrados no celular que estava em sua posse no momento que ela foi apreendida. Algumas imagens encontradas no aparelho foram anexadas no relatório.
A manifestação da defesa
Os procuradores que realizaram a defesa de Dirce Rogério na Ação Penal, se manifestaram pedindo a absolvição sumária da ré alegando a improcedência da ação por “faltar a justa causa” e pela falta de dolo aos crimes que lhe foram imputados, ou seja, não houve a intenção de participar dos crimes que foram cometidos pelos manifestantes no dia 8 de janeiro.