A defesa do jovem que foi amarrado pelos pés e mãos durante uma abordagem policial entrou com um pedido de indenização por danos morais de R$1 milhão na Justiça paulista, nesta terça-feira (23). A ação visa condenar o estado de São Paulo pela prática de tortura cometida por policiais militares durante o exercício de suas funções.
O advogado destaca que o jovem foi tratado de maneira degradante, assemelhando-se a práticas da época da escravatura, ao ser mantido amarrado por mais de três horas. A agressão teve início após a recusa do jovem em sentar-se, conforme ressaltado pelo advogado José Luiz de Oliveira Júnior.
As imagens das câmeras corporais dos policiais e do sistema de segurança, mostram que o suspeito já estava algemado quando foi amarrado. O advogado reforça que não houve provocação por parte do jovem que justificasse a conduta dos policiais, caracterizando a abordagem como tortura.
A defesa destaca a legislação que assegura o direito do jovem a tratamento digno mesmo em situação de privação de liberdade. Além disso, enfatiza a responsabilização do estado nos casos de abuso de autoridade cometidos por policiais militares em serviço.
O incidente ocorreu em junho do ano passado, quando o jovem foi amarrado durante uma abordagem que resultou em sua prisão por furto. Em vídeo feito por testemunha, é possível observar a cena constrangedora, com o jovem sendo arrastado pelos policiais, posteriormente carregado e colocado no porta-malas de uma viatura, ainda amarrado. Atualmente em liberdade provisória, o jovem aguarda novos desdobramentos judiciais.