Segundo o Instrutor, Ricardo Nunes Correa, "assim como a luta, Jiu-Jitsu, Judô e Karatê, o curso é uma opção extra para a autoproteção das mulheres".
A crescente violência e as falhas no setor de segurança têm aumentado os casos de invasões, roubos e de homicídios no nosso país. No debate sobre posse e porte de arma pela população, um argumento comum é o de que, com uma arma em casa, o cidadão de bem tem mais chances de conseguir defender a si e a sua família caso sejam atacados por criminosos.
Partindo desta perspectiva que o instrutor de armamento e tiro, cadastrado pela Polícia Federal há 15 anos, Ricardo Nunes Correa, abriu inscrições para seus cursos de técnica e de manuseio de armas em Tubarão. Os cursos, no valor de R$ 900,00, são voltados para o público feminino e masculino, e estão com inscrições abertas, que podem ser realizadas via Whatsapp com ele próprio, pelo número: +55 48 9996-2980.
No Brasil, comprar uma arma de fogo nunca foi proibido, embora haja muitas restrições no estatuto do desarmamento. “No referendo de 2005 sobre proibir a venda de armas, o “não” ganhou”, esclarece o instrutor Ricardo. “Pode-se adquirir uma arma, mas não é fácil. Tem que passar por um teste psicológico, e um teste de tiro, que cabe ao instrutor credenciado. Eu aplico o teste para ver se a pessoa está capacitada a comprar uma arma de fogo”, explica. “É essa a diferença entre registro e porte de arma. O registro permite o uso da arma em sua casa ou estabelecimento para defesa pessoal. O que é proibido é o “transitar” pelas ruas portando o objeto”.
O público dos cursos hoje é dividido: 50% homem e 50% mulher. Mesmo o armamento sendo considerado um “risco” para muitas pessoas, Ricardo contrapõe afirmando que somente quem é apto conquista esse direito. Por isso, seria uma opção de autoproteção para as mulheres. “Arma na mão do cidadão do bem o objetivo não é segurança pública, é defesa pessoal. Quanto às mulheres, é uma opção extra. Como tem luta, jiu-jitsu, judô, karatê... A opção de ter uma arma registrada em casa e a pessoa estar treinada para usar essa arma de maneira conveniente (em último caso, como legítima defesa), é uma opção a mais. Evita contato corpo a corpo. Consegue intimidar o oponente, mesmo que não atire”.
Ricardo também é instrutor de tiro esportivo registrado no exército há 16 anos, e atirador esportista há 18. O fato de ser credenciado pela PF o autoriza a aplicar os testes de capacidade técnica de manuseio de arma de fogo para quem vai comprar uma arma. Hoje ele aplica 7 cursos de tiros em diferentes clubes de tiro de cidades como Tubarão, Florianópolis e Araranguá. Mesmo para quem não tem a pretensão de se armar, o curso oferece de tudo para as aulas: o armamento, toda instrução na aula teórica antes de segurar o objeto, e o teste prático, feito num estande de tiro regulamentado controlado pelo exército, dentro de clubes autorizados.
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Instrutor Ricardo Nunes Correa demonstrando o Tiro Esportivo.[/caption]