Segurança
20/01/2019 23h43
Em SC: Número de mortes por afogamentos aumenta em áreas desguarnecidas
Em SC, um dado alarmante merece atenção especial nesta temporada. O Corpo de Bombeiros registrou 38 afogamentos seguidos de mortes, entre 1º de outubro de 2018 e 15 de janeiro de 2019.
Calor intenso, sol, férias e muitos procuram se refrescar, seja nas águas agitadas do mar ou nas calmas e tranquilas de um rio, lago ou piscinas. Porém, algumas pessoas esquecem de tomar os cuidados necessários e o que seria uma diversão pode se transformar em transtornos e até mesmo uma tragédia.
Em Santa Catarina, um dado alarmante merece atenção especial nesta temporada. O Corpo de Bombeiros registrou 38 afogamentos seguidos de mortes, entre 1º de outubro de 2018 e 15 de janeiro de 2019. No mesmo período do ano passado, foram 23 mortes. O crescimento é de 65,2%.
Dos óbitos registrados nesta temporada, 24 ocorreram em água doce, todos em área não monitorada. Em água salgada, foram 14 mortes, sendo duas em área guarnecida e 12 em locais sem a presença do guarda-vidas.
Já durante todo o ano de 2018, foram registrados 34 afogamentos seguidos de óbito em água doce e em áreas sem guarda-vidas. No mar, foram 15, sendo que de todas essas, apenas uma morte foi em local com a presença da corporação, devido ao intenso trabalho de prevenção realizado.
O tenente Ian Triska, instrutor de salvamento aquático e chefe de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros Militar, explica que a maioria dos locais de óbitos por afogamento ocorrem em água doce, como rios, represas, lagoas e cachoeiras, e onde não há a presença da corporação.
São vários os fatores. O tenente relata que no interior do Estado muitas pessoas não têm o hábito de praticar natação, e a profundidade dos rios de uma hora para outra pode aumentar, além das correntezas, que são fortes. Também é muito comum o uso de embarcações, às vezes precárias, e sem o uso dos coletes salva vidas. Outro fator constatado é a ingestão de bebidas alcoólicas que, associadas aos fatores citados, podem colaborar para as mortes por afogamento, assim como a falta de supervisão com as crianças. “A educação é imprescindível para que este número de mortes seja reduzido”, observou.