Segurança
30/11/2018 15h44
Caso Isadora: STF concede liberdade a acusado de matar namorada em Imbituba
Ele foi solto nesta quinta-feira (29). O pedido de habeas corpus para colocá-lo em liberdade, enquanto aguarda a sentença do julgamento foi publicado no dia anterior
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, deu parecer favorável, na terça-feira (27), ao pedido de habeas corpus para colocar em liberdade, enquanto aguarda a sentença do julgamento, o oficial de cartório de Imbituba, Paulo Odilon Xisto Filho, 36 anos.
Ele é acusado de ter matado a namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, 22 anos, em Imbituba. Paulo foi solto nesta quinta-feira (29).
A decisão foi publicada na quarta-feira (28) e cumprida no dia seguinte. O homem estava preso desde 17 de julho. Isadora foi encontrada morta em 8 de maio deste ano.
A defesa informou que a decisão “é acertada e a prisão nunca foi necessária”. “Está mais do que demonstrado no processo que houve uma ingestão excessiva de cocaína por parte dela, voluntária, e que não ocorreu o crime de feminicídio”, disse o advogado.
Ainda na primeira instância, o advogado havia solicitado a transferência de Paulo da Unidade de Prisional Avançada (UPA) de Imbituba para uma prisão especial, por ter ensino superior. O Estado tentou fazer a transferência para uma prisão em batalhão militar, sem vagas, segundo a Justiça. “Mais uma ilegalidade”, disse o advogado.
Morte da modelo
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusa Paulo de ter imobilizado a namorada após uma discussão e efetuar golpes em seu abdômen, quando o casal estava sozinho no apartamento dele, provocando a morte.
Conforme a denúncia do MPSC, Paulo conheceu Isadora em Santa Maria (RS) em março deste ano e naquele mês começaram a namorar. No dia 22 de abril, a jovem aceitou o convite para passar uns dias no apartamento dele, em Imbituba.
A acusação afirma que depois que a jovem passou a conviver com o namorado, a modelo disse a amigas que Paulo ficava agressivo e descontrolado quando estava sob efeito de drogas.
A investigação
A investigação da Polícia Civil apontou que na noite do crime, o oficial de cartório passou mal, espumando pela boca, e a namorada chamou a família dele. Ele não teria gostado da atitude porque os familiares não sabiam que ele usava drogas, informou o delegado Raphael Rampinelli. Após os parentes deixarem o apartamento, o casal discutiu e Isadora foi agredida.
Isadora era natural de Santa Maria (RS). Uma amiga do réu, que é advogada, teria alterado a cena do crime e responde na Justiça por fraude processual.
Fonte: Portal A Hora e G1 SC