O Procurador-Geral de Justiça do MPSC, Fábio de Souza Trajano, manifestou preocupação com a suspensão da parceria entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). A decisão, comunicada pela Superintendência da PRF em Santa Catarina, obedece a uma determinação do Ministério da Justiça e entra em vigor a partir de segunda-feira (10/03).
Trajano destaca que a medida fragiliza o combate à criminalidade organizada no estado, afetando operações importantes como a Operação Mensageiro e o combate a assaltos a bancos, tráfico de drogas e facções criminosas. O Procurador-Geral de Justiça busca apoio do Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG) e do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) para reverter a decisão e garantir a continuidade das investigações em andamento.
A suspensão da parceria, que vigora desde 2002, impacta diretamente operações conjuntas de combate ao crime organizado em Santa Catarina, como o combate à corrupção, roubos a bancos e ônibus de turismo, desarticulação de organizações criminosas de furto e roubo de veículos e apreensão de grandes quantidades de drogas. A decisão do Ministério da Justiça, concretizada na Portaria nº 830/2024, e a interpretação da Direção-Geral da PRF, expressa no OFÍCIO-CIRCULAR Nº 3/2025/DG, geraram repercussão negativa entre especialistas e autoridades, que consideram a medida um retrocesso e contrária aos princípios de cooperação e integração no combate ao crime organizado.