A defesa de uma aluna investigada por desviar R$ 77 mil arrecadados para a formatura de sua turma de Direito, em Chapecó, informou que ela está disposta a tentar recuperar o montante e ressarcir seus colegas. A estudante Cláudia Roberta Silva, de 31 anos, admitiu que gastou integralmente o valor em apostas online, especialmente no "Jogo do Tigrinho". O advogado da jovem, Joel Sustakovski, alertou sobre os riscos dessa modalidade de jogo, que pode levar as pessoas a perder o controle financeiro e emocional.

A formatura, que estava prevista para o dia 22 de fevereiro, foi adiada após os alunos descobrirem, no final de janeiro, que a empresa responsável pelo evento não havia recebido o pagamento de R$ 76.992, valor que deveria ser destinado à organização. Cláudia, que era responsável pelos fundos, havia perdido o dinheiro nas apostas.

O caso foi levado à Polícia Civil no início de fevereiro, e um inquérito foi aberto. A investigação segue em duas frentes: apropriação indébita e estelionato. Enquanto isso, os alunos estão arrecadando fundos por meio de rifas, vendas e vaquinha online para pagar a empresa e realizar a formatura em maio.

A empresa Nova Era Formaturas, responsável pela organização, esclareceu que não tinha envolvimento na administração dos valores arrecadados, que ficaram sob responsabilidade exclusiva dos alunos. Embora não tenha sido culpada pela situação, a empresa se comprometeu a ajudar os formandos a viabilizar o evento, reafirmando seu compromisso com a realização da celebração.

Em nota, o advogado de Cláudia afirmou que a jovem está tomando todas as medidas legais para tentar reaver o valor perdido e ressarcir os colegas. Ele também ressaltou que a situação serve de alerta, pois esse tipo de jogo pode prejudicar tanto a saúde financeira quanto emocional das pessoas envolvidas.