Um áudio exclusivo, obtido pelo Portal HC, revela detalhes da conversa entre o prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi, e o advogado carioca Edson Ribeiro, que representa o italiano Nunzio Bevilacqua. O material traz novos elementos sobre a polêmica envolvendo acusações feitas por um portal italiano a respeito de um suposto esquema de extorsão ligado a adoções e maternidades no Sul de Santa Catarina.

O Portal HC disponibiliza abaixo o áudio na íntegra para que os leitores possam ouvir a conversa e tirar suas próprias conclusões. Assista:

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Na gravação, Ribeiro relata que suas investigações ainda não foram totalmente apuradas e que há dúvidas sobre a veracidade das informações divulgadas pela imprensa italiana. A conversa evidencia o posicionamento do prefeito, que reafirma a inexistência de qualquer esquema criminoso envolvendo o município e reitera que as acusações são infundadas. "Essas informações não condizem com a realidade da nossa cidade e das pessoas mencionadas. Estamos lidando com uma tentativa de manipulação dos fatos", declarou Filippi.

O escândalo teve início após a publicação de uma reportagem em um site italiano, que levantou suspeitas sobre um esquema de exploração que envolveria brasileiros e italianos na região de Tubarão, Pedras Grandes e Treze de Maio. Segundo a matéria, haveria uma rede criminosa que utilizaria mulheres para engravidar e, posteriormente, extorquir cidadãos italianos sob a alegação de paternidade.

As autoridades locais rapidamente refutaram as denúncias, classificando-as como fake news e ressaltando que não há registros que sustentem tais afirmações. Em nota, o prefeito de Pedras Grandes enfatizou que os portais responsáveis pela disseminação das acusações operam fora da Itália, levantando suspeitas sobre suas motivações. Ele também apontou que Bevilacqua, cliente de Ribeiro, pode ter interesses pessoais na propagação do caso, visto que está envolvido em um processo judicial de paternidade no Brasil.

O Advogado que conversa no áudio, Edson Ribeiro, enviou a seguinte nota ao HC Notícias:

"Inicialmente quero dizer que reafirmo tudo que disse ao Prefeito Agnaldo Filippi em relação a investigação defensiva que realizei. No entanto, o Prefeito não precisava ter me gravado furtivamente, sem minha autorização, já que o que disse a ele já tinha dito anteriormente a imprensa.
Quero, entretanto, deixar claro para que não haja deturpações que, embora eu não tenha apurado serem falsos ou verdadeiros os fatos constantes da carta anônima que meu cliente Nunzio Bevilacqua recebeu na Itália em razão do silêncio de todos que por mim foram questionados, não significa que esses fatos não existiram ou deixaram de ser investigados.
Essa unanimidade no silêncio não só me intrigou, como intrigou a meu cliente Nunzio Bevilacqua. 
Ora, por que não responderam a perguntas objetivas, as quais, se respondidas, poderiam ajudar a elucidar os fatos?
Por que se calaram se nada tinham a esconder?
Esses questionamentos, agora, serão realizados pela autoridade policial e terão de ser respondidos.
Tanto é verdade que existe um inquérito policial em  andamento, na Cidade de Tubarão, instaurado, justamente, para apurar os fatos relatados na carta anônima endereçada a meu cliente Nunzio Bevilacqua.
Não se pode, sob pena de leviandade, desqualificar os graves fatos constantes na Carta Anônima endereçada a Nunzio Bevilacqua, sem, uma investigação séria e insuspeita a ser realizada pela autoridade policial.
Portanto, o que declarei não pode ser usado levianamente para isentar quem quer que seja de uma eventual responsabilização criminal. Pelo contrário, deve servir de alerta a toda a população do Estado de Santa Catarina, para que fique atenta e tendo ciência de qualquer fato que possa levar a elucidação dos fatos narrados na carta anônima recebida por Nunzio Bevilacqua, seja levada ao conhecimento da autoridade policial.
Minhas declarações não podem significar o encerramento das investigações, mas o início de uma nova fase de apuração. Só que, agora, por quem de direito a autoridade policial.

Edson Ribeiro"