Receber o diagnóstico de um câncer, mesmo nos tempos atuais com o desenvolvimento de ferramentas médicas tecnológicas, nunca é algo simples e fácil. Impacto igualmente sentido quando se descobre ter uma leucemia. Tipo de câncer maligno que afeta as células sanguíneas na medula óssea e no sistema linfático, causando uma série de complicações à saúde. Doença em destaque neste mês, com a divulgação da Campanha Fevereiro Laranja, para conscientização da população sobre a leucemia e sobre a doação de medula óssea.
“Existem as leucemias agudas e as crônicas, classificadas de acordo com a velocidade do crescimento das células doentes. As agudas são as que evoluem rapidamente e precisam de tratamento imediato. Os sintomas são fraqueza e cansaço secundários, anemia severa, dores ósseas, sangramentos na pele e mucosas, febre e, muitas vezes, o aparecimento de infecções. O mais importante é o paciente procurar uma avaliação médica, assim que perceber os sintomas. O diagnóstico precoce ajuda no sucesso do tratamento e nas chances de cura”, alerta a hematologista, Dra. Maria Zélia Baldessar.
Nas leucemias crônicas, segundo a médica, a medula óssea produz células de aspecto adulto em quantidades exageradas, sendo a evolução da doença um pouco mais lenta. As leucemias também são relacionadas ao tipo de célula envolvida: Linfoides ou Mieloides.
O diagnóstico da leucemia é detectado por meio de exames laboratoriais, como o hemograma, exames de bioquímica, de coagulação, e exames da Medula óssea como mielograma, imunofenotipagem ,exames de avaliação genética entre outros .
“O hemograma completo pode trazer indícios de leucemia quando esta apresenta anemia, plaquetas baixas e glóbulos brancos alterados. A presença de células jovens também no hemograma pode ocorrer .De acordo com a hipótese diagnóstica frente aos sintomas e outros achados, os exames de medula óssea são essenciais, além de outras investigações para determinar tipo da leucemia e a agressividade da doença”, explica a hematologista.
Tratamento
“Os tratamentos para leucemia evoluíram muito e melhoraram as chances de cura dependendo do tipo de leucemia e de fatores prognósticos. Atualmente eles se baseiam em quimioterapia e em muitos casos, no transplante de medula óssea, que a substituição de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente e alogênico, quando a medula vem de um doador”, explica a Dra. Maria Zélia.
Prevenção
Em alguns casos a hereditariedade, quando um familiar tem história de leucemia e outras neoplasias podem ser fatores que contribuem com o desenvolvimento de leucemias
“Hábitos saudáveis, não exposição a agrotóxicos, a alguns produtos químicos derivados do benzeno e petróleo, estilo de vida com dieta saudável, pouco álcool, exercícios físicos e nenhum fumo, são essenciais para prevenir e minimizar o surgimento desta e de outras doenças. O acompanhamento médico regular é importante para detecção precoce das neoplasias”, completa.