Apenas quatro anos após o seu lançamento, o Pix já é o meio de pagamento mais difundido entre os brasileiros. O serviço de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central (BC) é usado por 76,4% da população. Em seguida, vêm o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro (68,9%). Os dados estão na pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, publicada pelo BC.
"O trabalho é uma importante fonte de informações para o aprimoramento contínuo da gestão do meio circulante brasileiro e das ações de divulgação sobre características das cédulas e moedas do real", disse Rodrigo Teixeira, Diretor de Administração do BC. O diretor falou sobre a pesquisa durante a coletiva de lançamento do estudo.
A pesquisa foi realizada entre 28 de maio e 1º de julho, e ouviu duas mil pessoas, sendo mil delas do público específico de caixas de estabelecimentos comerciais. Ela foi realizada em todas as capitais do Brasil e em municípios com mais de cem mil habitantes – a única exceção foi o estado do Rio Grande do Sul (RS), por conta da catástrofe climática ocorrida em maio deste ano. As entrevistas previstas para o RS foram redistribuídas em cidades de Santa Catarina e Paraná. A próxima edição está prevista para 2027.
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De acordo com a pesquisa, o Pix é amplamente usado por brasileiros de ambos os sexos, de todas as classes sociais e nas cinco regiões do país.
No recorte por gênero, 74,5% das mulheres o utilizam. Com relação aos homens, o percentual é um pouco maior: 78,4%. Na comparação por idade, a utilização é maior entre os mais novos: 87% entre as pessoas de 16 a 24 anos; 91,2% entre 25 e 34 anos; 91,1% entre 35 e 44 anos; 71,4% entre 45 e 59 anos; e 43,9% a partir de 60 anos.
O Pix também é usado por pessoas de todas as faixas de renda. Os percentuais são de 67,8% para quem recebe até dois salários mínimos; 79,9% no grupo de dois a cinco salários mínimos; 80,0% no grupo de cinco a dez salários mínimos; e 91,7% para a faixa superior a dez salários mínimos.
“A pesquisa mostra que a agenda de digitalização do Banco Central, com o Pix, está a todo vapor, mudando os hábitos de pagamento dos brasileiros. E a tendência é de aumento do Pix para os próximos anos. Com o Pix Automático e o Pix por aproximação, certamente teremos um novo mapa de pagamentos no país, que deve ser refletido na próxima pesquisa”, afirmou o Diretor de Administração do BC.