O Congresso aprovou a primeira parte da reforma tributária, destacando a isenção do imposto para carnes de boi, frango, porco e cabrito dentro da cesta básica nacional. No entanto, especialistas apontam que outros fatores, como oferta, dólar e eventos climáticos, têm mais impacto no preço da carne do que a reforma tributária.
Atualmente, as carnes já são isentas de tributos federais como PIS, Cofins e IPI, mas a cobrança do ICMS e ISS pode variar de estado para estado. A reforma unifica esses tributos, mas a mudança completa só será implementada em 2033. Mesmo com a isenção, empresários não são obrigados a repassar a redução dos impostos, podendo manter ou aumentar seus lucros. A maior influência nos preços vem da oferta limitada, impulsionada pelo dólar alto, que torna o mercado externo mais atrativo para os produtores.
O ciclo de abates também interfere diretamente na oferta de carne, impactando os preços. A isenção pode ajudar a diminuir o preço relativo da carne em relação a outros alimentos, mas não deve representar uma queda significativa no valor final para o consumidor, especialmente em locais onde a tributação é menor. Assim, embora a isenção de impostos tenha sido um ponto polêmico, o impacto direto na redução do preço da carne pode ser limitado devido a outros fatores que afetam a oferta e o consumo.