Sete indígenas, incluindo dois menores de idade, foram resgatados de uma fazenda de mandioca na zona rural de Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, onde viviam em condição análoga à escravidão, informou o Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira (10). O suspeito não foi preso. Ele recebeu uma notificação para quitar os valores rescisórios das vítimas.
O alojamento das vítimas, segundo o órgão, consistia em barracos de lona e de madeira, com piso de terra batida, sem portas e janelas. Os trabalhadores não tinham acesso a banheiro, água potável para consumo e a condições mínimas condições de higiene, segurança e conforto.
A ação ocorreu na última sexta-feira (6) e divulgada nesta terça-feira (10). A ação foi realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), vinculado à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Ainda conforme o MPT, os indígenas da etnia Guarani-Mbya também não tinham qualquer tipo de vínculo formal, e a empresa não recolhia encargos trabalhistas, previdenciários ou fiscais. O nome do empregador não foi divulgado.
Além dos resgatados com menos de 18 anos, uma das trabalhadoras submetidas às condições degradantes estava com crianças pequenas no local.