O escritor Dalton Trevisan, uma das maiores figuras da literatura brasileira, faleceu nesta segunda-feira (9), em Curitiba, aos 99 anos. A notícia foi confirmada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná e pela família do autor. A causa da morte não foi divulgada.
Conhecido por sua obra marcante e pela personalidade reclusa, Trevisan foi um mestre dos contos. Ele capturou com precisão as complexidades humanas e os desafios do cotidiano urbano em livros como O Vampiro de Curitiba, A Polaquinha e Cemitério de Elefantes. O autor recebeu prêmios de grande relevância, como o Jabuti e o Camões, consolidando seu lugar na literatura em língua portuguesa.
Dalton, que evitava entrevistas desde os anos 1970, viveu grande parte da vida em Curitiba, onde suas histórias ganharam raízes profundas. Nos últimos anos, por questões de saúde e segurança, deixou sua casa no Alto da Glória e passou a residir em um apartamento no centro da cidade.
O corpo do escritor será cremado em uma cerimônia privada no crematório Vaticano, em Almirante Tamandaré, sem velório. A Secretaria de Cultura do Paraná destacou o impacto de sua obra: "Dalton retratou com sensibilidade as angústias humanas e deu vida à Curitiba em suas páginas, elevando a cidade a personagem literária."
A literatura brasileira perde um de seus grandes nomes, mas o legado de Dalton Trevisan segue vivo, imortalizado em suas palavras.