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Geral
22/11/2024 09h45

‘Quero justiça’: mãe de criança que teve cabeça cortada no parto em SC conta como está a filha

Criança sofreu ferimento durante parto e ainda sofre com sequelas; segundo a mãe, convulsões são constantes
‘Quero justiça’: mãe de criança que teve cabeça cortada no parto em SC conta como está a filha

 

Uma mãe de Araquari, no Norte de Santa Catarina, enfrenta uma batalha por justiça após um episódio de negligência ocorrido durante o parto de sua filha na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville. O caso, que completou um ano e quatro meses, continua impactando a vida da criança, que sofreu um corte profundo na cabeça ao nascer e agora enfrenta convulsões recorrentes e outras complicações.

 

Além das sequelas físicas, um exame recente apontou que a criança testou positivo para HIV. A mãe, que convive com o vírus, afirma ter seguido os protocolos necessários durante a gravidez para evitar a transmissão. “Minha filha quase morreu por culpa deles, e até hoje não há assistência adequada”, desabafa.

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Denúncias de negligência e falta de suporte

 

Segundo a advogada Stephanie Corazza, que representa a família, o atendimento recebido na época foi negligente. A mãe também relatou que fragmentos de placenta foram deixados em seu útero, sendo removidos apenas no dia seguinte ao parto. O caso motivou a abertura de uma ação judicial em 2023, mas, segundo a defesa, o processo caminha lentamente.

 

A Secretaria de Estado da Saúde declarou, em nota, que a criança está recebendo acompanhamento no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, em Joinville, e destacou que todos os protocolos de assistência foram seguidos durante o parto e após o nascimento. No entanto, a família afirma que o suporte recebido foi insuficiente e limitado apenas ao encaminhamento médico da criança.

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Outro caso na mesma maternidade

 

Na última segunda-feira (18), um novo caso de suposta negligência na Maternidade Darcy Vargas veio à tona. A bebê Alice, que nasceu de cesárea devido à posição pélvica, sofreu um corte durante o procedimento. Inicialmente descrito como superficial, o ferimento exigiu a transferência da recém-nascida para o Hospital Infantil.

 

A avó da criança, Dálida do Amaral Ruiz, critica a falta de suporte emocional oferecido pela maternidade. “Minha nora e meu filho ficaram sem qualquer assistência, como se fosse algo normal”, relata. A Secretaria de Saúde afirma que o caso está sob análise do Núcleo de Qualidade e Segurança.


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