O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer favorável à denúncia apresentada pela Coligação Por Laguna, do prefeito eleito Preto Crippa, contra o vereador reeleito Anderson Silveira, o Maninho (Podemos).
Mais votado na eleição passada, o político foi denunciado à Justiça Eleitoral por ter sido gravado em carro oficial da prefeitura com adesivo de campanha em uma área onde eram descarregadas lajotas para pavimentação no Farol de Santa Marta.
A denúncia foi apresentada dias antes da eleição e, como Silveira foi reeleito com mais de 1,5 mil votos, o processo foi transformado em uma ação de investigação eleitoral (AIJE). A coligação pede que o registro de candidatura seja indeferido e a votação seja anulada, com a cassação do diploma e do mandato que iniciará em janeiro de 2025.
“As condutas em análise se mostram incompatíveis com a igualdade de condições à disputa do pleito municipal de 2024, que, certamente, rendeu vantagem exagerada ao investigado, em prejuízo da campanha limpa, justa e igualitária a que a legislação e os Tribunais Eleitorais e Juízos singulares buscam efetivar”, diz um trecho do parecer do promotor Crystopher Danielski.
O caso é tratado como abuso do poder econômico. As defesas da coligação e do vereador já encaminharam as alegações finais do processo, assim como o MPE. A aliança liderada pelo PL apontou que “não pairam dúvidas do uso da máquina pública em benefício do candidato réu, com distribuição de bens e serviços, sendo o mesmo suscetível à aplicação das sanções legais”.
Já a defesa do vereador, feita pelo advogado Edson Rosa Júnior, cita que “ainda que se considere presente o abuso do poder político no caso em tela, essa conduta isoladamente não possui gravidade ensejadora de imposição da sanção de cassação, tendo em vista que ainda que com a “anulação dos votos” do candidato na região do Farol de Santa Marta, este seguiria sendo o mais votado da cidade e manteria a cadeira que conquistou no legislativo municipal, não possuindo a conduta em tela, portanto, aptidão para comprometer a integridade, lisura, normalidade e legitimidade das eleições”.
O processo está concluso para decisão e pode ter uma sentença nos próximos dias.
Com informações de Agora Laguna