A safra do pêssego não vem mostrando bons resultados para os agricultores no Sul de Santa Catarina. Devido às mudanças climáticas registradas, principalmente em agosto e setembro, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) estima prejuízos de cerca de 60% nas produções para a colheita de 2024/2025.
Segundo o engenheiro-agrônomo da Epagri, Diego Adílio da Silva, a incidência do frio fora de época e as amplitudes térmicas ocasionaram danos nas plantas, levando a quedas das folhas e perdas durante a produção. Para a safra de 2024/2025, estima-se uma colheita de cerca de 20 toneladas por hectares.
“A produção de pêssego já foi forte no Sul de Santa Catarina. Porém, entre 2017 e 2022, tivemos uma perda de 50% das áreas de produção, que está relacionada em função do aumento da temperatura média em nossa região do Estado. No momento, para melhorarmos as produções, a Epagri está estudando variedades de frutas que consigam tolerar temperaturas mais altas”, informou o engenheiro-agrônomo.
Atualmente, as produções de pêssego no Sul catarinense se concentram em Urussanga, Cocal do Sul, Pedras Grandes e Treze de Maio, já que são os municípios que registram as maiores produções. As colheitas iniciaram em outubro e encerram entre o fim de novembro ou dezembro, pois dependem das condições do clima de cada município.