Em alusão ao mês da Consciência Negra, o Cine Desvioz exibirá em novembro filmes que abordam questões étnico-raciais, em sessões gratuitas nas cidades de Gravatal, no próximo dia 7/11, e Tubarão, no dia 21/11. Serão apresentadas três obras em cada encontro, entre elas“Antonieta”, curta documental sobre a professora catarinense Antonieta de Barros, primeira mulher negra a assumir um mandato popular no país. Outros dois curtas, “A morte o feiticeiro negro” e “Solmatalua” completam a programação.
O Cine Desvioz é um cineclube itinerante criado por um coletivo de produtores culturais de Laguna que está levando cinema de graça a cidades da região Sul catarinense. O objetivo é democratizar o acesso a filmes nacionais para além do circuito comercial e fomentar discussões e reflexões coletivas a respeito de temas sociais tratados nas obras.
Em Gravatal, os filmes serão exibidos no Ecopark Termas (R. Antônio Pedro Mendonça, 2908 - Termas), às 18h30, e serão seguidos de debate. Já em Tubarão, o encontro ocorre no Museu Ferroviário (Av. Pedro Zapelini, 2200 - Oficinas), às 19h, também com debate após as exibições.
Idealizado e executado pelo Desvioz Produções, o Cine Desvioz é realizado com recursos provenientes do Prêmio Catarinense de Cinema, edição Paulo Gustavo 2023, por meio da Fundação Catarinense de Cultura e Governo do Estado de Santa Catarina. O projeto iniciou em maio deste ano e segue até o mês de dezembro. Ao todo, o cineclube realizará 10 sessões presenciais gratuitas. Mais detalhes sobre o projeto podem ser acessados em https://www.instagram.com/desvioz.
Sobre os filmes
Antonieta, 2016, 15 min, Class. Ind. Livre
Direção: Flávia Person
Antonieta de Barros (1901-1952) foi professora, cronista e feminista. Em 1935, tornou-se a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no país. O curta documental Antonieta (SC, 2016) da cineasta Flávia Person emociona e informa. Com vocês, o segundo filme do projeto Curta Mulheres, que traz um curta-metragem por semana ao longo de 12 meses. Todos dirigidos por mulheres nos últimos cinco anos. São, ao todo, 52 filmes de diretoras de todo o país.
A morte branca do feiticeiro negro, 2016, 10 min, Class. Ind. 16 anos
Direção: Rodrigo Ribeiro-Andrade
Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um poético ensaio visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.
Solmatalua, 2020, 15 min, Class. Ind. Livre
Direção: Rodrigo Ribeiro-Andrade
Em uma onírica odisseia afro-diaspórica, paisagens e vielas encontram-se nas encruzilhadas do tempo. Solmatalua percorre um vertiginoso itinerário por territórios ancestrais e contemporâneos, realizando uma mística viagem que resgata memórias e busca possíveis futuros.