O renomado produtor e arranjador musical Quincy Jones, uma das figuras mais influentes da indústria, faleceu no último domingo (3), aos 91 anos, em sua residência em Bel Air, Los Angeles. De acordo com seu assessor, Arnold Robinson, Jones estava rodeado de seus familiares no momento da morte.

Em um comunicado, a família expressou sua tristeza: "Com corações cheios, mas partidos, anunciamos a morte de nosso pai e irmão Quincy Jones. Embora esta seja uma perda imensa para nós, celebramos a vida extraordinária que ele teve e reconhecemos que nunca haverá ninguém como ele."

Jones é amplamente conhecido por seu trabalho revolucionário com artistas como Michael Jackson, Aretha Franklin, Ray Charles e Frank Sinatra. Ele acumulou um impressionante número de prêmios, incluindo 28 Grammys, dois Oscars e um Emmy.

Sua colaboração com Michael Jackson resultou em álbuns icônicos como "Off The Wall" (1979), "Thriller" (1983) e "Bad" (1987). O álbum "Thriller" se destaca como o mais vendido da história, com mais de 20 milhões de cópias vendidas no ano de seu lançamento. Entre suas inovações, Jones foi responsável por convidar o ator Vincent Price para a introdução da faixa-título e o guitarrista Eddie Van Halen para o solo de "Beat It".

Jones também é conhecido por sua produção do projeto "We Are The World", que reuniu grandes nomes da música em 1985 para arrecadar fundos para a luta contra a pobreza na África. Lionel Richie, coautor da canção, descreveu Jones como o "mestre orquestrador" dessa colaboração.

Além de seu trabalho com Jackson e Richie, Quincy Jones arranjou músicas para lendas como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald e fez parte de turnês com grandes nomes do jazz, como Count Basie e Billie Holiday. Ele também criou a famosa trilha de abertura da série "Um Maluco no Pedaço".

Nascido em Chicago, Jones teve um início de vida marcado por dificuldades, incluindo a internação de sua mãe com esquizofrenia quando ele tinha apenas sete anos. Em sua autobiografia, ele refletiu sobre a música como sua única fonte de controle e liberdade, afirmando: "A música me fez completo, forte, popular, autoconfiante e legal".

Quincy Jones deixa um legado inigualável, sendo uma referência na produção musical e uma inspiração para gerações futuras.