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28/10/2024 11h55

Motorista e mecânico revelam problemas em caminhão que bateu em van de equipe de remo na BR-376

Acidente que aconteceu no último domingo (20) deixou nove pessoas mortas
Motorista e mecânico revelam problemas em caminhão que bateu em van de equipe de remo na BR-376

No último domingo (20), um grave acidente na BR-376 resultou na morte de nove pessoas e deixou apenas um sobrevivente. De acordo com depoimentos à Polícia Civil, o caminhão que causou a tragédia apresentava problemas mecânicos. A carreta descontrolada colidiu com a van da equipe de remo Tissot, que retornava a Pelotas (RS) após uma competição em São Paulo.

 

Informações exclusivas obtidas pelo Fantástico revelam que, durante a viagem, o caminhão parou três vezes por questões mecânicas. A primeira parada ocorreu dois dias antes do acidente, em São Paulo, quando o motorista, Nicolas de Lima Pinto, de 30 anos, ficou sem combustível.

 

No sábado, o motorista já no Paraná, enfrentou problemas com a embreagem. O caminhão foi rebocado, e um mecânico foi chamado para a manutenção, substituindo a embreagem. No entanto, o profissional deixou o local antes de concluir o serviço, pois um colega se feriu. Outro mecânico finalizou a reparação no dia seguinte, e Nicolas seguiu viagem, mas, uma hora e meia depois, os freios falharam e ocorreu a colisão.

 

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Após o acidente, Nicolas se submeteu ao teste do bafômetro e concordou em fazer um exame toxicológico. Esta era sua primeira viagem como caminhoneiro, após obter a habilitação para a categoria E no início do ano. Em depoimento, ele relatou a falha nos freios, afirmando: “Tentei usar o freio motor, mas não segurou. O caminhão apagou, tentei engatar, mas não consegui, e então aconteceu o acidente.”

 

Investigações iniciais indicam que o caminhão estava a 100 km/h, em um trecho onde a velocidade máxima permitida é de 60 km/h, devido às curvas acentuadas, além de condições de chuva e neblina. Apenas um dos dez freios do caminhão funcionava plenamente, enquanto quatro apresentavam desgaste e cinco estavam inoperantes. O proprietário do veículo, Heloide Longaray, declarou ter feito a revisão dos freios em setembro.

 

O delegado Edgar Santana informou que o inquérito policial foi aberto inicialmente para investigar o crime de homicídio culposo, que pode resultar de falha mecânica ou falta de habilidade do motorista.

 

A defesa de Nicolas argumentou que ele dirigia de maneira prudente e que qualquer eventual excesso de velocidade deveria ser atribuído à falha mecânica dos freios. Já os advogados do proprietário do caminhão afirmaram que todas as normas de segurança foram seguidas.

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Vítimas do Acidente

 

Entre as vítimas estão Ricardo Leal da Cunha, motorista da van, e diversos jovens da equipe de remo, todos do projeto “Remar Para o Futuro”, de Pelotas. Os atletas voltavam de um evento em São Paulo, onde conquistaram sete medalhas. O único sobrevivente, João Pedro Milgarejo, de 17 anos, foi resgatado e está em recuperação.

 

Os nove corpos foram velados em Pelotas, com a cerimônia iniciando na terça-feira (22) e atraindo cerca de mil pessoas que prestaram suas homenagens.


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