A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as investigações até o momento apontam o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) como a "peça central" de um esquema para desviar verbas parlamentares para benefício particular.
Equipes da PF fizeram buscas nesta sexta (25) em endereços ligados a Gayer e a assessores em Brasília e quatro cidades de Goiás, incluindo a capital Goiânia.
O celular do parlamentar foi apreendido. Policiais também encontraram R$ 72 mil com um assessor do político.
Os 19 mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, com manifestação favorável também da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a decisão de Moraes, Gustavo Gayer é "apontado nas investigações como peça central da associação criminosa investigada e autor intelectual dos possíveis crimes [...], responsável por direcionar as verbas parlamentares para atividades de particulares".
"Efetivamente, os indícios colhidos pela Polícia Federal revelam que o Deputado Federal Gustavo Gayer teria empregado seus secretários parlamentares, remunerados com recursos públicos, para o desempenho de demandas privadas, bem como teria utilizado verbas públicas para manter, ainda que parcialmente, essas atividades privadas, uma vez que funcionariam em local custeado com verbas de cota parlamentar", diz outro trecho do despacho.