As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta quinta-feira (17) a morte de Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas, ocorrida na quarta-feira (16). O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, descreveu Sinwar como um "assassino em massa" responsável pelas atrocidades cometidas durante os ataques de 7 de outubro.
Fontes afirmaram que autoridades israelenses informaram aos Estados Unidos sobre a morte de Sinwar, confirmada por testes iniciais de DNA e registros dentários. Segundo o Exército israelense, Sinwar planejou e executou os ataques que resultaram em mortes e sequestros de israelenses.
Nos últimos dias, as FDI realizaram operações no sul da Faixa de Gaza, baseadas em informações de inteligência sobre líderes do Hamas. O comunicado militar revelou que a 828ª Brigada das FDI eliminou três terroristas e, após identificar o corpo, confirmou que Sinwar foi um deles.
Yahya Sinwar, uma figura central no Hamas, nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza. Ele foi o responsável pela construção do braço militar do grupo e se tornou líder político em 2017, ocupando um cargo no Politburo do Hamas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, destacou que a morte de Sinwar representa uma oportunidade para a paz no Oriente Médio, mas alertou que a guerra na Faixa de Gaza ainda não chegou ao fim. Ele reafirmou o compromisso de continuar a luta até que todos os reféns israelenses sejam libertados.
A morte de Sinwar pode abrir novos caminhos políticos para Israel, mas também gera incertezas sobre a disposição do Hamas para negociar, dependendo de quem assumir sua liderança. Possíveis sucessores incluem seu irmão, Mohammed Sinwar, e Khalil Al Hayya, um dos principais negociadores do grupo.
As operações de Israel na Faixa de Gaza continuam, enquanto a situação humanitária na região se agrava. A ONU e organizações humanitárias alertam para uma crise, com falta de alimentos e medicamentos, enquanto o número de deslocados aumenta em meio ao prolongado conflito.