Na manhã desta terça-feira (15), a Coreia do Norte detonou trechos de estradas e ferrovias próximas à fronteira com a Coreia do Sul, conforme informou o Estado-Maior sul-coreano. As explosões ocorreram ao meio-dia, horário local, e não causaram danos do lado sul da linha de demarcação militar. Em resposta, o Exército da Coreia do Sul disparou tiros de advertência na direção do norte.
Essas ações seguem uma promessa do governo norte-coreano, feita na semana anterior, de demolir completamente as vias que conectam os dois países e reforçar as áreas ao seu redor. A Coreia do Sul já havia alertado sobre a possibilidade de detonações iminentes, após constatar que a Coreia do Norte estava instalando minas terrestres e realizando trabalhos com equipamentos pesados ao longo da fronteira.
Vale ressaltar que as duas nações ainda estão tecnicamente em guerra desde a guerra de 1950 a 1953, que terminou com um armistício e não com um tratado de paz formal.
Além disso, a Rússia anunciou nesta terça-feira que está formando uma aliança militar com a Coreia do Norte, prometendo revelar mais detalhes em breve.
O aumento das hostilidades coincide com acusações da Coreia do Norte, que alega que a Coreia do Sul enviou drones sobre Pyongyang, lançando panfletos anti-Norte como uma provocação que pode desencadear um conflito armado. O líder norte-coreano, Kim Jong Un, participou de uma reunião com altos oficiais de defesa para discutir uma resposta a essa "séria provocação".
Os vínculos entre os países, que já foram mais amigáveis em momentos anteriores, incluindo a cúpula de 2018 que prometeu uma nova era de paz, agora estão em um ponto crítico, gerando preocupações sobre a possibilidade de um conflito armado na região.