O Ministério Público Federal (MPF) solicitou, neste sábado (5), o afastamento imediato de Patrick Corrêa, prefeito de Imaruí, preso durante a Operação Mensageiro em abril de 2023. A investigação apura um esquema de propinas envolvendo concessões de coleta de lixo em Santa Catarina.
Após sua prisão preventiva, Patrick foi liberado em setembro de 2023, sob a condição de cumprir medidas cautelares, como o afastamento de 30 dias de seu cargo e a proibição de contato com delatores do caso. O prazo do afastamento foi posteriormente estendido para 180 dias. Em fevereiro deste ano, Corrêa foi reintegrado à função pública.
No parecer emitido pelo MPF neste sábado, a Sub-procuradora Geral da República, Samantha Chantal Dobrowolski, defende que o retorno de Corrêa ao cargo traz riscos, afirmando que ele teria acesso facilitado a dados e documentos que poderiam ser manipulados em favor da organização criminosa investigada. O documento argumenta ainda que manter o prefeito no cargo "após apenas 180 dias de afastamento seria praticamente um aval para que novas infrações contra o erário fossem cometidas."
A decisão sobre o novo afastamento de Patrick Corrêa está agora nas mãos da Justiça.