Municípios dos estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram a ocorrência de chuva preta na última quinta-feira (12) e na madrugada desta sexta-feira (13). A possibilidade do fenômeno já era prevista pela Defesa Civil gaúcha desde a quarta-feira (11) por conta da quantidade de poluentes que havia no ar.

Moradores das cidades de São Borja e Tupanciretã, no Rio Grande do Sul, e Abelardo Luz, em Santa Catarina, registraram imagens da água escura acumulada durante a última madrugada. Na quinta-feira também houve registro da chuva preta sobre o Paraguai e o Uruguai, conforme informou a Metsul.

De acordo com o que explica a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, a chuva preta é resultado da interação do material particulado, proveniente da fumaça presente no ambiente, com o vapor de água da atmosfera, que altera as propriedades das nuvens. Esse fenômeno gera a precipitação de chuva com coloração escura, que pode apresentar contaminantes nocivos à saúde humana, tornando-a imprópria para consumo humano.

A Defesa Civil de Santa Catarina alertou que a chuva preta contém substâncias tóxicas e perigosas para a saúde, principalmente a respiratória, e recomendou que as pessoas evitem o contato direto com a água. Segundo o órgão, Maravilha-SC foi o primeiro município catarinense a registrar o fenômeno e destacou que foi causado pela presença de fuligem e cinzas na atmosfera, resultantes das queimadas que atingem o Centro-Norte do Brasil.