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01/09/2024 16h02

Justiça manda soltar mulher que vivia no McDonald's do Leblon após injúria racial, mas proíbe voltar para a lanchonete

Susane Muratori Geremia foi presa em flagrante e nega a acusação e a filha dela, Bruna, foi liberada; as duas viraram notícia por viverem com várias malas de grife dentro da lanchonete há meses
Justiça manda soltar mulher que vivia no McDonald's do Leblon após injúria racial, mas proíbe voltar para a lanchonete

A Justiça mandou soltar Susane Paula Muratori Geremia, a mulher que morava com a filha há 7 meses no McDonald's do Leblon, na Zona Sul do Rio, e que foi presa em flagrante na última sexta-feira (30) por injúria racial. Susane, porém, está proibida de voltar à lanchonete, mesmo como cliente.

 

Uma adolescente diz que foi chamada de "pobre, preta, nojenta" por Susane.

 

A audiência de custódia de Susane foi na tarde deste sábado (31). A juíza Ariadne Villela Lopes considerou que a mulher é idosa e que não tinha antecedentes ao negar o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) de converter a prisão em flagrante em prisão preventiva.

A magistrada, contudo, impôs as seguintes medidas cautelares a Susane:

  • Comparecimento mensal em juízo “para informar e justificar suas atividades” pelos próximos 2 anos;
  • Proibição de acesso e frequência ao McDonald’s do Leblon pelos próximos 2 anos;
  • Proibição de se comunicar com a adolescente que a denunciou;
  • Proibição de se aproximar dela — foi imposto um limite de 500 metros.

 

 

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O bate-boca foi na tarde de sexta e envolveu, de um lado, um grupo de 5 adolescentes; do outro, Susane e a filha, Bruna Muratori.

 

Segundo as jovens, o grupo de amigas estava aproveitando a tarde de sol na Praia do Leblon e antes de voltarem para casa decidiram lanchar no McDonald's. Depois de comprarem e pegarem os lanches no balcão, as amigas subiram para o 2º andar do estabelecimento, onde estavam Susane, Bruna e suas 5 malas de roupa.

 

De acordo com uma das jovens, as duas "moradoras da lanchonete" se incomodaram por elas estarem rindo e começaram a gravar as adolescentes.

 

"Ela chegou pra gente e falou: 'abre a boca agora, suas fedelhas'. Chegou pra minha amiga e disse: 'sua preta'. Ela falou pra minha amiga: 'preta nojenta'. Depois chamou a gente de 'vagabundinha'. Ela falou isso pra adolescentes", contou uma das jovens.

A cozinheira Bruna Medina de Souza, mãe de uma das jovens, confirmou que a filha foi chamada de "pobre, preta, nojenta" por Susane.

"A gente sempre sofre um racismo ou outro, mas a gente costuma entubar, botar no bolso e viver. Só que agora foi muito direto. Ela chamou a minha filha de 'preta nojenta'. 'Pobre, preta, nojenta'", disse.


A mãe da adolescente contou à TV Globo que ficou sabendo por telefone da confusão que estava acontecendo no McDonalds do Leblon e correu para ajudar a filha.

"Eu saí correndo de onde eu estava, fui ao local e ela continuou ofendendo a minha filha: 'Aquela pretinha ali de biquíni'. Eu falei: 'Ela não é pretinha não. Ela é preta mesmo. Ela é minha filha e se quiser falar com ela, tem que se dirigir a mim'. Foi aí que chegaram os policiais."

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Susane foi presa em flagrante por injúria racial – a filha foi liberada porque nenhuma das testemunhas relatou ter ouvido dela as ofensas racistas.

 

Em seu depoimento, Susane alegou que foi chamada de "velha coroca" pelas meninas e negou que tenha cometido ofensas raciais.


Fonte: G1
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