Santa Catarina deve registrar nos próximos meses um aumento gradual no volume de chuvas. Isso porque o estado não está sendo influenciado por nenhum fenômeno global neste momento, já que houve um atraso na formação do La Niña. Ou seja, neste período de neutralidade, é esperado que o padrão para as regiões ocorra sem grandes interferências — e o histórico climatológico catarinense é justamente ter essa escalada nas precipitações entre agosto e outubro.
A previsão trimestral foi feita pelo Fórum Climático, um grupo de meteorologistas de diversas instituições do estado que se reúne mensalmente para avaliar as tendências dos próximos meses. A “demora” no La Niña já foi alertada pelos profissionais anteriormente, quando os modelos começaram a indicar que a chegada seria mais para o final do inverno ou até durante a primavera.
As atualizações desta semana sugerem que o La Niña não só começará provavelmente na primavera, como deve ser de fraca intensidade e rápida duração. Se as projeções se confirmarem, isso significa que Santa Catarina não sentirá impactos tão severos em relação à estiagem — já que o fenômeno é conhecido por diminuir a frequência de chuvas no estado.
Porém, antes disso, há muita água para rolar. Durante esse período de neutralidade, as chuvas devem ficar dentro da média em agosto e setembro, mas acima em outubro, mês conhecido pelos dias frequentes de tempo fechado em quase todas as regiões do estado, exceto no Litoral Sul.
É cedo ainda para saber a quantidade dessas chuvas de outubro, já que a formação do La Niña até lá pode trazer algumas mudanças para o cenário. Por ora, os modelos mostram um comportamento climatológico normal para a estação, com temperaturas dentro do esperado em boa parte do trimestre, com as tardes mais quentes e madrugadas frias.
“Veranicos” também não estão descartados, disseram ainda os meteorologistas.