Foragido há quase duas semanas, Anderson Boneti, apontado como sócio de Nego Di em um esquema de estelionato virtual, foi preso pela PCRS (Polícia Civil do Rio Grande do Sul) nessa segunda-feira (22). Segundo a investigação, ele era o cérebro por trás do golpe que lesou, pelo menos, 370 pessoas.
A Polícia Civil de Santa Catarina prestou apoio para localizá-lo, em um hotel de Bombinhas, no litoral Norte catarinense.
Em coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (23), a PCRS informou que Anderson Boneti ainda não apresentou defesa. A reportagem segue aberta para manifestação.
Ex-sócio de Nego Di, Anderson Boneti tem expertise em ambientes digitais e furtos virtuais
Segundo a investigação, iniciada em 2022, Anderson Boneti era a mente por trás do esquema de estelionato, associado à imagem do influenciador e humorista Nego Di. Juntos, eles abriram a loja virtual ‘Tadizuera’, que lucrou R$ 5 milhões, conforme o inquérito policial, e lesou 370 pessoas.
“Ele tinha a expertise digital e era responsável pelo funcionamento do site, enquanto Nego Di utilizava a sua imagem de figura pública”, detalhou Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil gaúcha. Nego Di ultrapassava os 10 milhões de seguidores no Instagram.
O empresário usava o conhecimento que tem em ferramentas digitais, como sites e plataformas virtuais, para aplicar golpes. Boneti também é especialista em invasão de sistemas e subtração de valores.
Boneti foi indiciado em outros casos de estelionato
No Rio Grande do Sul, ele foi indiciado pelo GAECO/MPRS por participar de uma organização criminosa, que realizou um furto qualificado em uma empresa, subtraindo, virtualmente, R$ 30 milhões de uma conta bancária.
Em 2018, Boneti foi iniciado por uma fraude no estado da Paraíba. À época, ele atuava como representante legal da marca e se apropriou de valores que seriam utilizados para pagamento de um contrato.
Ele suspendeu a negociação e ficou com o dinheiro para uso pessoal. O empresário se entregou à Justiça no início de 2022, mas foi solto logo depois.