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21/07/2024 20h15

Passar ao menos dez minutos na natureza alivia sintomas de ansiedade e depressão

Estudo mostra que espaços ao ar livre com água, como rios, lagos e oceanos, têm o maior impacto positivo
Passar ao menos dez minutos na natureza alivia sintomas de ansiedade e depressão

Passar ao menos dez minutos em contato com a natureza ajuda a aliviar sintomas de ansiedade, estresse e depressão, de acordo um estudo revisado por pares da Universidade de Utah, nos EUA, publicado neste mês na revista Ecopsicologia.

 

A metanálise examinou 30 anos de pesquisas publicadas sobre efeitos sociais, mentais e físicos da exposição à natureza, incluindo espaços urbanos, como parques. O resultado mostra que espaços ao ar livre com água —como rios, lagos e oceanos— e atividades como acampamento e jardinagem têm o maior impacto positivo. A natureza urbana, como parques, montanhas e florestas, também oferece efeitos significativos.

 

"Todos esses diferentes tipos de espaços ao ar livre proporcionaram resultados positivos, o que destaca a importância de preservar áreas verdes em nossos ambientes naturais e construídos", diz Joanna Bettmann, professora da Faculdade de Serviço Social da Universidade de Utah e autora principal do estudo, à revista Ecopsicologia.

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"Dez minutos na natureza urbana é muito menos caro, intimidador e demorado para pessoas que não têm tempo, recursos, interesse, apoio comunitário ou equipamentos para se aventurar na natureza selvagem por dias ou semanas." \

 

Independentemente do tipo de transtorno diagnosticado, a exposição à natureza mostrou melhorias estatisticamente significativas a curto prazo nos sintomas de saúde mental. Os efeitos positivos pareceram ainda maiores para os participantes diagnosticados com transtornos de humor, como depressão, ansiedade ou transtorno bipolar.

 

De 14.168 estudos que atenderam aos critérios iniciais de busca, os pesquisadores fizeram uma seleção e focaram apenas 45 deles, que incluíram um total de 1.492 participantes adultos com doenças mentais diagnosticadas. Algumas das experiências examinadas incluíram intervenções terapêuticas estruturadas, enquanto outras envolveram apenas experiências na natureza.

 

Desses 45 estudos, 18 foram randomizados, o que significa que os participantes foram escolhidos de forma aleatória. A quantidade de tempo que os voluntários passaram na natureza variou de estudo para estudo. Alguns ficaram por volta de dez minutos em um parque da cidade, enquanto outros passaram vários dias em experiências imersivas na natureza selvagem.

O modo de exposição também foi diferente de pesquisa para pesquisa. Algumas tiveram períodos curtos de tempo várias vezes por semana ou por mês, outras usaram períodos mais longos de exposição contínua. Mesmo assim, diferentes durações e padrões de exposição produziram resultados positivos.

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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada oito pessoas tem algum tipo de doença mental, observa a análise. O custo das doenças mentais na qualidade de vida geral, bem como seu impacto econômico, torna importante identificar e promover suportes de saúde mental acessíveis e fora das instalações convencionais.

"Dar um pequeno passeio ou fazer uma viagem de acampamento não deve necessariamente ser considerado como uma substituição para outras intervenções terapêuticas ou clínicas", alerta Bettmann. "Em vez disso, devemos considerar o tempo na natureza como um recurso barato e amplamente disponível para apoiar a saúde mental e o bem-estar geral dos adultos."


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