Nego Di usava de deboche para se referir aos clientes lesados no suposto esquema de estelionato pelo qual foi preso no domingo (14), em Santa Catarina. Em coletiva de imprensa, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deu mais detalhes sobre a investigação contra o influenciador e humorista.
De acordo com a polícia gaúcha, há “farto material” sobre o esquema de fraude na loja virtual de Nego Di. Conforme os investigadores, o empreendimento teria lesado pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos, sem entregá-los. Os fatos teriam ocorrido em 2022.
“São 370 vítimas identificadas, R$ 5 milhões levantados, com quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico. É um farto material probatório que não nos deixa dúvidas de que houve, sim, estelionato”, disse o chefe de Polícia do Estado, delegado Fernando Sodré.
Nego Di foi preso na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Ele foi levado ao Rio Grande do Sul na noite de domingo e direcionado para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).
“Há inclusive vídeo em que Nego Di se manifesta de forma debochada brincando em relação às pessoas que não receberam os bens, enquanto se desloca em carro de luxo, uma Mercedes branca, conversível, chegando em seu restaurante”, comentou Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana.
A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a ele na época passa de R$ 5 milhões.