Uma enorme tempestade solar que chegou a Terra nesta sexta-feira (10) e pode causar interrupções na rede de energia e nas comunicações por satélite acabou e provocando auroras polares incomuns, que encantam principalmente os moradores de países ao Norte da Europa e ao Sul das Américas, como a Argentina.
A nova tempestade, que segundo as previsões deve durar todo o fim de semana, ocorre em um momento em que o Sol está se aproximando do pico de um ciclo de 11 anos de atividade intensificada.
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“Alertamos todos os nossos operadores de infraestrutura com os quais costumamos coordenar, como operadores de satélites, de comunicação... e claro, a rede de energia na América do Norte”, disse o especialista em meteorologia espacial Shawn Dahl aos jornalistas.
Ao contrário das erupções solares, que viajam à velocidade da luz e são capazes de alcançar a Terra em oito minutos, as CMEs viajam a um ritmo mais lento, de 800 km por segundo.
Os meteorologistas esperam poder precisar melhor o impacto que terão quando estiverem a uma distância de 1,6 milhão de km. Os campos magnéticos associados às tempestades geomagnéticas induzem correntes nos condutores longos, incluindo os cabos de energia, podendo provocar apagões. Também podem ocorrer impactos na comunicação por rádio de alta frequência, GPS, em espaçonaves e satélites.
O Centro de Previsão de Tempo Espacial da NOAA, dos Estados Unidos, alertava para uma tempestade geomagnética severa (G4), o primeiro aviso deste tipo desde 2005.
Na sexta noite, elevou a tempestade solar para extrema (G5), o que não ocorria desde a tempestade solar do Dia das Bruxas de 2003, que causou apagão na Suécia e causou problemas em transformadores de energia na África do Sul.