Os socorristas foram chamados pouco depois das 16h45 de segunda-feira (1º) ao bairro Seminário. Conforme os bombeiros, o motorista estava com o ônibus parado na rua esperando os alunos saírem da escola quando percebeu a serpente dentro do veículo.
Em conversa com os socorristas, o condutor não soube informar como o animal foi parar no ônibus. Como o motorista veio de outra cidade, acredita que a cobra possa ter sido transportada sem o conhecimento dele.
Após ser resgatado, o réptil foi solto em uma área de mata longe de residências, conforme os bombeiros.
O biólogo Alex Bergmann explicou que a cobra-verde é peçonhenta. "Uma característica importante dela é que ela é uma serpente do tipo opistóglifa, ou seja, ela possui veneno, só que o dente que ela usa para injetar o veneno nas presas dela fica no fundo da boca. Então não é tão fácil para ela injetar o veneno, seja numa presa ou seja numa pessoa, caso ocorra um acidente".
Segundo ele, casos de picadas da cobra-verde em humanos são raros. "O veneno dela não é um veneno de reação muito forte no organismo. Vai causar dor, vai causar inchaço, vai causar necrose, pode causar até hemorragia, mas os acidentes realmente graves com pessoas são raros".
A espécie tem nome científico Philodryas olfersii. Geralmente, a cobra-verde se alimenta de roedores, anfíbios e pequenos lagartos, conforme o biólogo.
Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. O torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação.