Na última sexta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou os advogados Eduardo Filipe Alves Martins e Flávio Jaime de Moraes Jardim para ocuparem vagas de desembargadores no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Eduardo, filho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, possui histórico de relações com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os dois futuros desembargadores foram selecionados por Lula a partir de uma lista elaborada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para preencher o chamado quinto constitucional, que determina que os tribunais federais tenham ao menos um quinto de sua composição formada por juízes de outros ramos da magistratura e do Ministério Público.

Os nomes dos candidatos passaram pela avaliação do Ministério da Justiça, tanto durante a gestão de Flavio Dino quanto sob a gestão do ministro Ricardo Lewandowski, que assinou com Lula o decreto de nomeação dos advogados.

Eduardo Martins, escolhido por Lula, já teve seu nome vinculado ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e contou com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele também foi alvo da Operação Lava Jato em 2020, acusado de tráfico de influência. A investigação foi arquivada em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Já Flávio Jaime de Moraes Jardim, o outro advogado nomeado, teve seu apoio viabilizado pelo ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal. Flávio trabalhava no escritório de advocacia Sergio Bermudes, conhecido por sua relevância no TRF-1, e possui experiência como assessor do ministro do STF Marco Aurélio Mello e da Presidência do TSE.