Depois que o repórter Vinicius Segalla divulgou o vídeo, em novembro de 2022, Gilberto Sandri foi alvo de uma queixa ao Ministério Público catarinense, que a Justiça estadual remeteu à Justiça Federal em Santa Catarina. A notícia de fato contra o empresário ao MP foi apresentada por uma pessoa que recebeu o vídeo por meio do WhatsApp.
O Ministério Público Federal em Santa Catarina apontou que o caso de Sandri pode envolver delitos de ameaça e crime contra o Estado Democrático de Direito e lembrou que no STF tramitam inquéritos para investigar a atuação de milícia digitais bolsonaristas e as responsabilidades quanto ao 8 de Janeiro. Para o crime de ameaça ser processado, deve haver representação da pessoa alvo do delito.
Assim, a Procuradoria pediu que os autos fossem encaminhados ao STF, no que foi atendida pela Justiça Federal em dezembro. O processo foi autuado no Supremo nesta quinta-feira (18/1) e remetido ao gabinete de Moraes, relator das investigações.
Quando o vídeo de Sandri passou a circular na internet, o atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, replicou o conteúdo em sua conta no X (antigo Twitter), o classificou como “chocante” e escreveu que era preciso “derrotar o lado mais sujo do bolsonarismo que invadiu a mente de uma parte de nossa população”.
Depois da repercussão do vídeo, o empresário bolsonarista se disse arrependido. Em novo vídeo divulgado à época, Gilberto Sandri negou ter intenção de ferir alguém e classificou suas declarações contra Lula com o facão em punho como “brincadeira de mau gosto”.