Em meio a críticas sobre gastos públicos, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no centro de uma polêmica após a contratação da atriz e apresentadora Cissa Guimarães. Ela foi escolhida para comandar o programa "Sem Censura" da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por um período de 12 meses, recebendo um salário total de R$ 840 mil.

Embora o anúncio da contratação tenha sido feito em 2023, o contrato foi oficializado recentemente, gerando questionamentos sobre a falta de concorrência no processo. A contratação foi enquadrada na modalidade de inexigibilidade de licitação, conforme informações do portal Metrópoles.

Cissa Guimarães, que participou da gravação de um jingle para a campanha de Lula na eleição de 2022, assumirá o comando do programa em sua estreia, marcada para 26 de fevereiro de 2024. O contrato prevê um total de 260 episódios até 22 de fevereiro de 2025, com um custo total do programa estimado em R$ 5 milhões, englobando o salário da apresentadora e um mês de pré-produção.

O contrato foi estabelecido com a Fábrica Entretenimento e Participações, deixando claro que a apresentação do programa será exclusivamente realizada por Cissa Guimarães. Os gastos da EBC incluem não apenas o salário da apresentadora, mas também valores destinados a serviços de conteúdo, criação, direção artística, além de taxas e impostos do projeto.

Cissa Guimarães, demitida da Globo em 2021 após 46 anos na emissora, expressou sua felicidade em um vídeo divulgado nas redes sociais da TV Brasil, da EBC e em suas próprias plataformas.

Diante das críticas, a EBC defendeu a contratação, argumentando que a escolha considerou a experiência da atriz e representa uma medida estratégica alinhada aos objetivos do programa. A estatal ressaltou que a inexigibilidade de licitação está prevista na legislação, destacando a legalidade da decisão.