O museu, que foi a residência da Família Real durante o Império, guardava um acervo de história natural considerado o maior da América Latina, além de peças de importância antropológica de diversas partes do mundo.
Um protesto de indignação e solidariedade após o incêndio no Museu Nacional no Rio reuniu uma multidão na porta da Quinta da Boa Vista na manhã de hoje (3). Com críticas ao poder público de modo geral e ao governo federal, o ato apontou descaso com a história do país, com a ciência e instituições públicas de ensino e pesquisa.
Os manifestantes chegaram pouco depois das 9h, mas foram impedidos de entrar na Quinta da Boa Vista por guardas municipais. O museu, que foi a residência da Família Real durante o Império, fica dentro do parque e guardava um acervo de história natural considerado o maior da América Latina, além de peças de importância antropológica de diversas partes do mundo.
O protesto continuou e houve momentos em que os manifestantes tentaram entrar. Em meio a isso, houve uso de spray de pimenta, e o clima ficou tenso. A servidora e pesquisadora da Fiocruz Márcia Morosini prestou solidariedade aos funcionários e defendeu que era preciso liberar a entrada, pois o protesto era um gesto de abraço.
"O que se perdeu é muito representativo, é muito simbólico das perdas acumuladas para a ciência do Brasil. O que perdemos é uma memória do mundo. Éramos guardiões de uma parte da memória da humanidade".
Fonte: Agência Brasil Foto: Reuters/Divulgação HC