Quem passa pelo Centro de Tubarão, na esquina da Rua Coronel Colaço com a Av. Marcolino Martins Cabral, já pode ter reparado numa faixa com os dizeres “Não ao desmonte do BB”, pendurada em frente ao Banco do Brasil. Trata-se de um protesto referente à reestruturação do entidade, que compõe a intenção de privatização do Branco do Brasil. Com o plano, fecharão 361 agências no país inteiro, e outras 243 agências serão rebaixadas para ‘postos’, o que causará a demissão de, ao menos, cinco mil empregados. Os sindicatos de Santa Catarina já tentaram negociar, mas não houve acordo entre partes.

  Segundo o Presidente do Sindicato dos Bancários, Dr. Armando Machado Filho, o que se tem informação é que em fevereiro o posto do bairro Oficinas, em Tubarão, será fechado, por isso os clientes já estão vinculados à agência do bairro Centro. Também em Armazém, a agência pode ser fechada ainda neste mês. “Mas pode ser que na região feche mais alguma”, explica o presidente, que ainda tem poucas informações, pois o Banco do Brasil ainda não as divulgou.

 As entidades sindicais chamaram o Banco do Brasil para discutir a decisão, as o banco foi  irredutível em sua resposta. “Eles avisaram que é uma questão de gestão”, explica Dr. Armando. Há também um texto que propõe como medida a ‘desgratificação’ dos caixas, ou seja, não haverá mais caixas fixos nas unidades. “O funcionário que exercer um dia, ganha um dia. Até então eles ganhavam o período cheio. Em algumas situações, eles perderão uma renda de 40%”.

Os sindicatos ligados às Federação do Estado de Santa Catarina estão entrando com uma ação contra essa reestruturação, contra a desgratificação dos caixas e contra a transferência dos funcionários. Uma manifestação foi feita em Tubarão na sexta-feira, 29, e outras cidades realizaram o fechamento de unidades no mesmo dia, em protesto.

 Créditos foto: Sindicato dos Bancários.