Os servidores públicos municipais de Imaruí decidiram suspender a greve, na tarde desta segunda-feira (19), que afetava principalmente a Educação do município já que os trabalhadores estavam com os serviços paralisados há quase 40 dias. Apesar da trégua, os trabalhadores afirmam que vão continuar as negociações até que os direitos de todos os trabalhadores sejam respeitados pelo prefeito Rui José Candemil Jr. (PSD).
A decisão veio após uma reunião do sindicato da classe com o secretário de Educação do município, Daniel Crescêncio, que garantiu que, com a aprovação por parte da Câmara de Vereadores de um projeto que institui convênio da Prefeitura com uma Organização Social (OS), terceirizando parte da Saúde.
Os trabalhadores cobram do Prefeito a reposição de perdas salariais, o pagamento de horas-extras aos motoristas da educação e da saúde, o pagamento do piso nacional dos professores e dos agentes de saúde e o reajuste do vale-alimentação, que segundo eles não ocorre desde 2013.
Crescêncio argumentou aos servidores que, com a instituição da OS por meio de um contrato com valores pagos dos cofres públicos à organização e a teórica diminuição dos gastos do Executivo com Saúde, será possível ganhar fôlego financeiro e honrar com os compromissos principalmente com os professores da rede municipal, que reivindicam há anos o pagamento do Piso Nacional do Magistério.
Na última semana, depois de uma determinação do Ministério Público de Santa Catarina que obrigava o município a ofertar as aulas, sob pena de multa diária de até R$ 5 mil, a Prefeitura de Imaruí remanejou professores para tentar restabelecer as aulas no município. Contudo, houve a continuidade da greve de pelo menos 45 profissionais da educação.
O Ministério Público estadual chegou a determinar a contratação de novos professores em caráter emergencial para que as aulas seguissem na normalidade, mas isso não foi feito.